Espelho, espelho meu, de que tamanho estou eu?
Esta com certeza foi umas da perguntas mais difíceis que tive de responder para mim mesma. Eu nunca me aceitei. Como que um bloqueio, eu não percebia que a cada ano estava mais acima do peso. Aceitar a realidade foi um trauma, doeu - e dói - bastante.
Um ex-patrão um dia me disse que acostumamos com tudo, inclusive com oque é ruim. Que não percebemos e até nos sentimos confortáveis com o tempo. Acho que essa foi minha realidade. Quando passei usar 40, achei normal, afinal, usava 38, era "um" número a mais somente. E assim foi com o 42, 44, etc... Nunca achava que estava demais, era "só" uma numeração acima!
Usando a psicologia (nem sei se estou certa), acho que acreditei tanto que tudo estava bem, que não me enxergava. E parece que as pessoas do meu convívio diário foram se acostumando com a GG aqui.
Sempre fui contra criticar as pessoas por sua beleza exterior, ou falta dela (se assim posso dizer). E crítica que sou, me autocritiquei amargamente, oque me deprimiu ao extremo.
Não sei dizer ao certo quando comecei a engordar, mas posso afirmar que desde a perda de um irmão as coisas "desandaram" bastante. Eu não me escondia atrás da comida, nunca foi de propósito. Simplesmente (eu juro), não sei como perdi o controle.
Após encontrar minha musa inspiradora, Renata Lima, minha prima, linda, com 20kg a menos, se amando, usando um short, um sorriso lindo no rosto e com esperança nos olhos, fiquei tão emocionada, que pensei na hora: é isso! Eu também consigo!
* Renata fez a cirurgia bariátrica no começo de Abril, até o momento já foram -25kg.
O caminho não será fácil, mas tenho certeza que valerá a pena!
"... O tempo é algo que não volta atrás.
Por isso, plante seu jardim e decore sua alma,
Ao invés de esperar que alguém lhe traga flores..."
William Shakespeare
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